quarta-feira, 2 de março de 2011

ATIVIDADES DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DO SPAECE

QUESTÔES DO SPAECE

01. Leia o texto:
NOBREZA POPULAR:
Uma das muitas cenas memoráveis do imperdível filme “Brasileirinho” do diretor finlandês Mika Kaurismak, é a do Guinga contando com nasceu a música” Senhorinha”, dedicado a sua filha. Depois Zezé Gonzaga canta a música. Quem não se emocionar deve procurar um médico urgente porque pode estar morto. “Senhorinha” tem letra de Paulo César Pinheiro e é uma das mais bonitas já feitas no Brasil- e não estou falando só de música. O filme todo é uma exaltação do talento brasileiro, da nossa vocação para a beleza tirada do simples ou, no caso do chorinho, do complicado, mas com um virtuosismo natural que parece tão fácil. Recomendo não só a quem gosta de música, mas a quem anda contagiado por sorumbatismo de origem psicossomática ou paulista e achando que o Brasil vai acabar na semana que vem. Não é a música que vai nos salvar, claro. Mas passei o filme todo vendo e ouvindo o Guinga, o Trio Madeira Brasil, o Paulo Moura, o Yamandú, o Silvério Pontes, a Elza Soares, a Teresa Cristina, a Zezé Gonzaga( e até Adelina Fonseca!) e pensando: é essa a nossa elite. Essa é a nossa realeza popular, a que representa o melhor que nós somos. O oposto do patriciado que confunde qualquer ameaça ao seu domínio com o fim do mundo. Uma das alegrias que nos dá o filme é constatar que o chorinho, longe de estar acabando, está se revitalizando. Tem garotada aprendendo choro hoje como nunca antes. Substitua-se o choro pelo Brasil que não tem nojo de si mesmo e pronto: a esperança vem por aí.
Parafraseando o Chico Buarque: Contra desânimo, desilusão, dispnéia, o trombone do Zé da Véia.

Qual é o tema desse texto?
A) A aprendizagem da música pelos jovens.
B) A beleza das cenas do filme Brasileirinho.
C) A emocionante criação de Paulo César Pinheiro.
D) A exaltação do valor da música popular.
E) A rejeição da cultura da elite.

02. Leia o texto abaixo:

PRINCESA NENÚFAR ELFO-ELFA
Nasceu já bem pálida, de olhos claros e cabelos loiros, quase brancos. Foi se tornando invisível já na infância e viveu o resto da vida num castelo mal-assombrado, com fantasmas amigos da família. Dizem que é muito bonita, mas é bem difícil de saber se é verdade.

A opinião das pessoas sobre a princesa é de que ela:
A) é muito bonita.
B) é pálida, de olhos claros.
C) tem cabelos quase brancos.
D) vive num castelo.
E) foi se tornando invisível.

03. Leia o texto:

JOVENS, NÃO BANDIDOS
Ontem na Globo, sobre o episódio no Rio:
- Grupo espancou e roubou empregada. Os jovens são de classe média alta... Jovens moradores de condomínios de luxo da Barra... Os jovens são o centro dessa questão perturbadora... Agressores.
Dias antes na Globo, sobre um episódio em São Paulo:
-Quadrilha aterrorizou moradores do Morumbi, assalto a casa de luxo... Vários bandidos... Ladrões.
Para um lado, um “grupo” de “jovens”. Para outro, uma “quadrilha” de “bandidos”. Pergunta Xico Vargas, ontem no site Nomínimo:
- Será que temos feito tudo errado e não são a cor, a casa e a carteira que forjam a bandidagem?

O texto mostra que não há neutralidade no uso das palavras por que:
A) as designações diferentes foram utilizadas para nomear acontecimentos parecidos.
B) os sinônimos diferentes marcam a riqueza vocabular da língua portuguesa.
C) os significados veiculados são compreendidos pelos usuários.
D) as nomeações apresentadas trazem uma descrição verdadeira.

4- Leia o texto:
EU
Eu não era novo nem velho. Tinha a capa colorida, um pouco amassada, e uma das páginas rasgada na parte de baixo, naquele lugar que chamamos de pé da página.
Vivia jogado no canto de um quarto, junto de velhos brinquedos. Todos os dias o menino entrava no quarto para brincar. O que eu mais queria era que ele me desse atenção, me segurasse, passasse minhas páginas, lesse o que eu tenho para contar. Mas, que nada! Brincava naquele quarto e nem me olhava. Ficava horas e horas com os toquinhos de madeira, carrinhos, quebra-cabeças e outros brinquedos. Eu me sentia um grande inútil. Um dia eu não agüentei mais: chorei tanto, mas tanto, que minhas lágrimas molharam todas as minhas páginas e o chão. Parecia que eu tinha feito xixi no quarto. Levei um tempão para secar. Veio a noite, as páginas continuavam úmidas. Comecei a bater o queixo de frio e espirrar. Só não fiquei gripado porque fui dormir debaixo do ursinho de pelúcia. No dia seguinte, quando os raios de sol entraram pela janela, me senti melhor, e minhas páginas secaram todas. A minha sorte é que as letras não se deslizaram pelas páginas e foram embora.

O ponto de exclamação no final da frase “Mas que nada!” indica que o personagem do texto está:
A) curioso B) decepcionado C) assustado D) pensativo


05-O FIM DE SAPOS, RÃS E PERERECAS:
“Para muita gente, sapos, rãs e pererecas podem lá não ter graça. Mas os anfíbios são essenciais à vida de florestas, restingas lagoas, só para citar alguns ambientes. E o problema é que estão desaparecendo sem que os cientistas saibam explicar o porquê. O fenômeno é conhecido há anos, mas tem se agravado muito. Sobram explicações- vírus, redução de habitat e mudanças climáticas, por exemplo- mas ainda não há respostas para o mistério, cuja consequência é o aumento do desequilíbrio ambiental. Para tentar encontrar uma solução, cientistas começaram a se reunir no Rio.”

Ao se referir ao desaparecimento de sapos, rãs e pererecas, o texto alerta para
A) o perigo de alguns ambientes ameaçados.
B) A falta de explicações dos cientistas.
C) As explicações do mistério da natureza.
D) O perigo do desequilíbrio do meio ambiente.


06-Leia o texto:
PARE DE FUMAR
O hábito de fumar pode ser considerado uma toxicomania? Se definirmos a toxicomania como “uma tendência irresistível” de consumir uma substância tóxica”, o fumante inveterado deve ser classificado como um toxicômano.
Foram os espanhóis, no século XVI, que introduziram o tabaco na Europa, a princípio consumido por soldados e marinheiros, que mascavam a erva ou fumavam em cachimbo. No início do século XX, o hábito de fumar difundiu-se por todos os países, em todos os níveis sociais, tornando-se autêntica toxicomania, apesar das advertências dos males que seu uso poderia provocar. È uma droga que mata.
A diferença entre as toxinas clássicas ((cocaína, heroína, morfina, maconha, anfetaminas, álcool) está no fato de que o tabaco não modifica a personalidade do usuário e ,embora possa produzir efeitos estimulantes ou relaxantes, jamais afeta o equilíbrio mental. O uso continuado causa efeitos orgânicos irreversíveis, que são letais, e o índice de mortalidade é proporcional ao número de cigarros consumidos, sobretudo na faixa etária entre os 45 e 50 anos de idade.
A sociedade tem pagado um tributo elevadíssimo pelo hábito de fumar: mortes prematuras, doenças crônicas incapacitantes, diminuição de rendimento no trabalho.

O texto tem como tema:
A) as doenças crônicas
B) as vantagens do fumo
C) o fumo como toxicomania
D) a história do fumo.
E) as toxicomanias clássicas.

07-Leia o texto:
Deitada na calçada, Dona Belarmina, 71 anos, parece até serena, quase adormecida embaixo do cobertor quadriculado, a cabeça apoiada em pedaços de dobrados de papelão, que lhe serve também de colchão. Ainda é cedo, oito da noite, e o movimento de carros e pessoas é intenso. Ninguém presta atenção. “Já perdi tudo, até a vergonha”, diz, a voz quase inaudível. Perdeu a família, que lhe virou as costas quando se tornou peso difícil de sustentar. Perdeu as condições de trabalhar “Eu era uma mulher trabalhadeira.” Perdeu o interesse pela vida. Não sabe quem é o presidente da República, nem o Governador, nem o Prefeito. “E eles sabem que eu existo? Ninguém sabe que eu estou viva!”

Em qual das citações abaixo está expressa uma opinião do jornalista, autor do texto?
A)”Dona Belarmina, 71 anos...” B) “ Ainda é cedo, oito da noite, ...”
C)... parece até serena, quase adormecida...” D) “ a cabeça apoiada em pedaços de papelão”
E)”... o movimento de carros e pessoas é intenso.”

08. Leia o texto abaixo:
“A nossa constituição não inveja a as leis dos nossos vizinhos. (...) Não imitamos os outros. Pelo contrário, servimos de modelo a alguns. Esse modelo, próprio de Atenas, recebeu o nome de democracia, porque a sua direção não está na mão de um pequeno grupo, mas sim da maioria. (...) Um temor salutar impede-nos de faltar ao cumprimento dos nossos deveres no que toca à pátria. Respeitamos sempre os magistrados e as leis. Perante a elas, todos os atenienses são
Iguais na vida privada, iguais na solução dos diferendos entre particulares, iguais na obtenção das honras as quais são devidas aos méritos e não à classe.”

Na frase “Perante elas, todos os atenienses são iguais, iguais na vida privada, iguais na solução dos diferendos entre particulares, iguais na obtenção das honras as quais são devidas aos méritos e não à classe.” , a expressão destacada refere-se a:

A) solução. B) elas. C) iguais. D) obtenção. E) honras.

09. Leia:
RECEITAS DA VOVÓ
Lembra aquela receita que só sua mãe ou sua avó sabem fazer? Pois sabia que, além de gostoso, esse prato é parte importante da culinária brasileira. E verdade. Os cadernos de receitas são registros culturais. Primeiro, porque resgatam antigas tradições, seja familiares ou étnicas. Além disso, mostram como se fala ou se falava em determinadas regiões. E ainda servem como passagem do tempo, chaves para alcançarmos memórias emocionais que a gente nem sabia que tinha( se você lembrou do prato que sua avó ou sua mãe fazia, você sabe do que eu estou falando).

A tese defendida pelo autor do texto é de que as receita culinárias:
A) fazem com que lembremos da nossa infância
B) indicam o modo de em determinada região.
C) resgatam nossas tradições familiares ou étnicas.
D) são as que só nossas mães ou avó conhecem.
. E) são uma parte importante da cultura brasileira.

10. Leia o texto:
GATO PORTÁTIL
Bichanos de apartamento não são condenados a viver confinados. “Embora seja comum os gatos ficarem nervosos e terem medo de sair de casa nas primeiras vezes, é possível costumá-los a ser sociáveis, a passear e até viajar com seus donos numa boa”, afirma Hannelore Fuchs, veterinária especialista em comportamento, de São Paulo. “Basta começar cedo o treinamento e fazê-los aos poucos.” Hannelore conta que tem um gato que adora passear de carro e que vira e mexe vai para praia com ela. “Isso promove o enriquecimento do cotidiano do bicho, o que é sempre externamente positivo”, assegura. “Na Europa e nos EUA, onde os gatos são cada vez mais populares, essa já é uma prática bastante difundida.”

É um argumento que apóia a tese defendida pelo autor desse texto:
A) Basta começar cedo o treinamento e fazê-lo aos poucos.
B) Os gatos ficam nervosos e têm medo de sair de casa.
C) Na Europa e nos EUA, onde os gatos são populares.
. D) Hannelore é veterinária especialista em comportamento.

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